True Blood: Pornochanchada de figuras folclóricas
True Blood é sem duvida a série mais popular do momento. Religiosamente lidera os Trending Topics do Twitter duas vezes por semana (aos domingos e terças quando a série é exibida nos EUA e no Brasil respectivamente).
Na contramão de outras séries HBO (Roma, Band of Brothers) True Blood não tem uma produção milionária, pelo contrário, alguns efeitos especiais (como o tremelique da coroa-Belzebu e a aceleração dos vampiros) são dignos de novela Vamp da Rede Globo, protagonizada pela “lobimulher†Claudia Ohana no inicio dos anos 90.
A temática também não prima pela originalidade. Vários elementos são chuchados de outras obras vampirescas como Vampire: the Masquerade (RPG) e Hellsing (anime).
Mas qual o motivo de tanto sucesso? Por que True Blood se tornou uma pandemia mesmo abarrotado de defeitos?
Não existe uma única resposta. O carisma de alguns personagens e a escassez de séries contemporâneas vampirescas contribuÃram pra isso.
O enredo gira em torno do romance meloso entre a garçonete Sookie (X-Men) e o vampiro Bill.
O universo de True Blood é bem construÃdo nos primeiros episódios, onde humanos e vampiros estão iniciando uma convivência turbulenta com preconceitos e manifestações de ambas as partes.
A trama desanda mesmo é na segunda temporada quando o clima bucólico é engolido por um universo mágico e uma enxurrada de fabulas invade a série com seres mÃsticos cheios de caracterÃsticas sobrenaturais. Assim como em Heroes (da rede NBC) o raro logo se torna ordinário, e o numero de personagens especiais se equipara ao de humanos comuns.
Dando adeus ao enredo, TB se sustenta no carisma de seus personagens e algumas boas atuações, além do clima descompromissado onde alguns chavões vampirescos são parodiados, o que não salva a série de ser um próprio clichê de um tema desgastado sem nenhuma espécie de renovação.