PolÃcia continua ronda pesada em Akihabara
Segundo o blog da Wired, a polÃcia japonesa continua com a ronda em Akihabara (centro de otakus e eletrônicos), região central de Tokyo. O estado de alerta se estende desde que um homem assassinou sete e feriu muitos em um domingo de Junho.
Um dos efeitos dessa ronda é que o trafego de carros foi proibido aos domingos, dia onde circula o maior número de pessoas nessa região.
O editor da Wired ainda diz que gasta em média 2 horas passeando por lá e que não há sentido esse tipo de atenção e tanto policiamento no local mesmo após 2 meses do ocorrido. O exagero é devido o Japão estar no meio das férias de verão e de coincidir com o Festival Obon.
Entenda o Massacre de Akihabara (秋葉原通りé”事件) pelo Ultimo Segundo do iG:
Um japonês armado com uma faca matou, aleatoriamente, neste domingo, pelo menos sete pessoas e feriu doze, provocando uma tragédia em uma famosa rua do centro de Tóquio, informaram a polÃcia e a imprensa local.
Segundo as primeiras informações, o assassino seria um homem de 25 anos, Tomohiro Kato, que declarou à polÃcia que “estava cansado de viver”.“Vim para (o bairro de) Akihabara para matar gente. Pouco importa quem”, disse aos policiais, segundo a agência Jiji.
O homem, que foi imobilizado por um policial durante a ação, teria jogado sua caminhonete contra os transeuntes e, após sair do veÃculo, começou a esfaquear as pessoas próximas, informou à AFP um responsável do departamento de bombeiros.
As razões do agressor, que foi preso, continuam sendo desconhecidas, mas seu ataque ocorre na mesma data de um dos crimes mais brutais do Japão nos últimos anos: o massacre de oito crianças em uma escola primária em 2001.
Segundo as agências de notÃcias japonesas Kiki e Kyodo, seis pessoas morreram – seis homens com idades entre 19 e 74 anos, e uma mulher de 21 – no ataque na rua da capital japonesa, famosa por sua segurança.
Uma testemunha declarou que o agressor gritava frases incoerentes enquanto esfaqueava as pessoas.
“Vi um homem deitado na rua. Ele tinha sido apunhalado no peito e sangrava muito. Estava desmaiado”, disse uma mulher para a televisão pública NHK.
O bairro de Akihabara se tornou, nos últimos anos, o paraÃso da contracultura japonesa. Além de lojas que exibem as novidades tecnológicas, jogos de videogame e os famosos mangás, Akihabara possui também um museu dedicado a desenhos japoneses e bares em que as garçonetes servem os clientes vestidas como as personagens dos jogos eletrônicos.
As redes de televisão mostraram a caminhonete branca do agressor, com o vidro da frente destroçado, abandonado no local dos crimes, enquanto que as ambulâncias não paravam de chegar, levando os feridos e as vÃtimas fatais.
Esse massacre ocorre exatamente sete anos após os brutais crimes provocados por um desequilibrado mental, armado de uma faca, na escola primária Ikeda da cidade de Osaka (norte).
Mamoru Takuma, que afirmava odiar as crianças ricas, apunhalou oito estudantes.
Durante seu julgamento, o juiz classificou os assassinatos como “um dos crimes mais abomináveis da história do Japão”. Takuma foi enforcado em 2004 aos 40 anos.
O ataque contra a escola afetou a população que se orgulha de viver em um dos paÃses mais seguros do mundo.
Contudo, Takuma se tornou um objetivo de fascinação mórbida para alguns japoneses.
Em 2004, um japonês torturou até a morte uma criança de sete anos que havia criado, e enviou as fotos para a mãe da vÃtima. Em seu julgamento, o assassino, Kaoru Kobayashi, que foi condenado à morte, pronunciou um discurso em honra de Takuma.