Nintendo 3DS: Dores de cabeça e estrabismo!

Seguinte, muita gente já leu que a recomendação da Nintendo ao jogar com o 3DS são apenas poucos minutos em modo 3D. Ela tá certíssima! Essa porra dá dor de cabeça, te deixa tonto e aposto que a longo prazo você fica vesgo! Tanto que na caixa do console, acompanha um manual de instruções de mais de DUZENTAS páginas! Eu não li, claro. Apenas garotos coxinhas lêem manuais de instrução.

Esse modo 3D só é legal mesmo pra mostrar aos amigos, curtir um chefe no Zelda, ou dar um free flight no Pilotwings. Só! Pura perfumaria, assim como as cartinhas de realidade aumentada.

Comprei o console na semana de lançamento no Brasil juntamente com Ocarina of Time 3D, Pilotwings Resort e Nintendogs 3D (não sou eu quem vai jogar). Segue minha opinião aos 2 primeiros jogos.

The Legend of Zelda: Ocarina of Time (ou OoT), como todos sabemos, é uma obra de arte, é listado em todos os rankings de melhores games já produzidos. A qualidade de sua jogabilidade e enredo são inquestionáveis, ainda mais agora quando alinhados à uma nova geração de gráficos. A Nintendo deu uma lapidada nos polígonos e suas texturas não são mais tão estouradas. Novos e melhores efeitos de luz e expressões faciais completam o puta retorno do jogo.

Ocarina of Time continua sendo um jogo de dificuldade baixa, mas como o joystick do N64 me fez falta… No lugar do Z-target, usa-se o L-button, o que não é confortável, e no lugar dos C-buttons usa-se a tela de touch screens pra outros equipamentos diversos (o que ajuda demais a tirar e colocar Iron Boots, por exemplo) e também usa-se os botões X e Y. Enfim, vale cada centavo reviver a aventura do Link em grande estilo.

Agora o Pilotwings Resort não atendeu às minhas espectativas. Recapitulemos, no Super Nintendo haviam as modalidades com pára-quedas, rocket belt, asa-delta, avião monomotor e helicóptero de guerra (5 modalidades), no Nintendo 64 foram rocket belt, asa-delta, gyrocopter, pára-quedas e as absurdas modalidades cannonball, jumble hopper e birdman, totalizando SETE diferentes práticas. E o que temos no 3DS? Pela lógica, talvez 9 modalidades, mas nem tudo são flores, já que o jogo me decepcionou oferencendo apenas o rocket belt, a asa-delta e o avião mono-motor. Há umas missões onde você pilota um jato, mas ainda assim é muito parecido. A única parte divertida é ver seu Mii pilotando.

Ok, os gráficos são agradáveis, mas não cheguei nem perto de me divertir no mesmo nível que tive oportunidade jogando a franquia nos consoles antepassados. Ah, o modo 3D também é perfumaria aqui.

Enfim, a Nintendo inovou trazendo ao mercado um portátil com o diferencial do 3D estereoscópico. Nem preciso lembrar que agora o portátil também traz seus acelerômetros pra dar uma desculpa pro jogo te encher o saco sacudindo os braços enquanto joga, duas câmeras traseiras para fotos em 3D, uma câmera frontal, maior resolução em 800×240 pixels (400×240 com o 3D ligado), aplicativos bobos como uma Pokédex, funcionalidades em stand-by para trocar informações com os outros MILHÕES de 3DS espalhados pelas ruas do Brasil, e claro, o Nintendo 3DS também veio ao mercado com um puta preço salgado.

Console apenas para ex-players de Nintendo 64 jogarem Zelda e Star Fox. Não compre se você não viveu e se emocionou com os games de 1997 e 98. Continue com seu DSi e seus Pokémons no R4, seu malandrinho.

Aloha!