Jojo’s Bizarre Adventure, por que demoramos tanto?
Muitos anos atrás estava naquelas locadoras de games, onde se podia pagar 2 reais para jogar uma hora de qualquer jogo. Olhando os tÃtulos, vi um jogo da CAPCOM, tinha um cara estranho vestindo uma viseira apontando pra tela, e um monte de personagem atrás, o nome do jogo era Jojo’s Bizarre Adventure. Acabei escolhendo outro jogo, mesmo sendo CAPCOM, pois era desconhecido.
Anos depois, falando sobre mangás como Hotaku no Ken e tal, um amigo meu me disse:
– Jojo é foda! Coisa de macho e tal.
– O jogo?
– Que jogo? É mangá, porra!!!
Os traços são de Shonen clássico, 205 capÃtulos com média de 28 páginas cada um. Li os primeiros capÃtulos e achei bem legal, até que: a David Production e a Warner (não me perguntem) resolveram lançar a série animada do Jojo. Vi o primeiro episódio e achei muito bom, a animação, os traços, os efeitos de onomatopeia e as cores. Um grande destaque para o encerramento com Roundabout do Yes, eu fiquei atônito, pois é perfeito, entendem o porquê:
Jojo’s Bizarre Adventure (JoJo no Kimyo na Boken) é uma série de mangá criada por Hirohiko Araki, que foi lançada de 1987 a 1997, 63 espessos volumes que deram inicio à uma franquia (Stone Ocean – 17 volumes e Steel Ball Run – 24 volumes), a história possui 8 sagas e cada uma tem elenco independente, mas todas tem uma ligação com a outra.
A história é realmente bem bizarra, começa contando a história de Jonathan Joestar, um garoto Inglês de bom coração que passa a ter problemas quando precisa conviver com um irmão adotivo: Dio Brando – que após colocar uma mascará de pedra Maia se transforma em um vampiro (????) – Eu sei, parece estranho, mas é MUITO BOM! Acabando a primeira saga, a história muda completamente na segunda e vai se transformando cada vez mais, o autor se reinventa sempre (ele fez isso 20 anos atrás e vi poucos autores fazendo isso, o ultimo que tentou foi o de Bleach que fez uma lambança sem precedentes).
Eu só conheço os personagens da primeira e segunda parte do mangá, mas tentei pesquisar para descobrir quem era o personagem que estampava a capa do game que eu vi: ele se chama Jotaro, o protagonista da terceira saga, que é aparentemente a saga mais famosa de Jojo, possui diversas referencias (animes da Clamp, personagens de games como The King of Fightes e Street Fighter). O anime em 9 episódios já contou a história de 44 volumes do mangá e no episódio 10 já iniciou a segunda saga. Não consigo dizer quão fiéis estão sendo a história original, mas estou gostando da maneira que está, sem ter lido o mangá. Pela velocidade chegaremos a terceira saga em uns 20~25 capÃtulos.
Bom, lembram que eu disse do Yes? Pois bem, o autor utiliza referências de bandas de Rock em muitos personagens e poderes (Dio, Whitesnake, Speedwagon, Oingo Boingo, Foo Fighters e outras) e é simplesmente fantástico os caras terem escolhido uma banda inglesa, velha e faz um som pirado, com uma letra que não quer dizer nada para encerrar o anime, ficou perfeito: quando está acabando o episódio, o inicio do dedilhado do violão da musica Roundabout cai perfeitamente, quando começa o ritmo da música você pensa: QUE FODA!!
O trabalho da David Production (Seja la quem forem) é perfeito em Jojo’s Bizarre Adventure, que é um Shonen de verdade (ou pelo menos como eles deveriam ser) e vale muito a pena assistir, confira o primeiro episódio: